Neste planeta, além do homem, não podemos esquecer que há também, uma imensa gama de vegetais; uma surpreendente quantidade de animais (desde vírus, fungos, bactérias, até os peixes, aves, mamíferos); além das montanhas e suas rochas; rios e sua vasta capilaridade de afluentes e aquíferos menores e secundários; as incontáveis gotas de água que existem (se as individualizássemos), presentes desde o orvalho da manhã, no vapor das nuvens até os mares e oceanos; o próprio ar e suas moléculas de oxigênio, nitrogênio e afins; o solo e suas partículas que o formam, tais como argila, silte e areia.
Enfim, a verdade é que, o homem nunca esteve só neste mundo, mas no entanto, parece sempre agir como se fosse o único e exclusivo ser que habita este lugar. Esquece que há uma infinidade de sensações, experiências e abstrações dos sentidos que somente ocorrem por ele estar num mundo maravilhoso e belo. Apesar disso, a função maior e melhor do homem é destruir o que existe para transformar em algo de sua posse, satisfação de seus desejos efêmeros ou para devolver ao ambiente em forma de resíduo tóxico.
Essa constatação é muito triste, pois vivemos numa sociedade desde que ela foi criada, apenas baseada na competição. E é essa competição, por recursos naturais, bens materiais e poder, que gera a Matrix da qual somos todos vítimas e escravos. Em termos evolucionários, a decisão particular individual de não sermos da Matrix, apesar de estarmos inseridos nela, é de primordial importância. Isso fará toda a diferença no sucesso que teremos ou não em nossa existência terrena, na época e local em que estivermos (Hélio Couto, livro Estar na Matrix e não ser da Matrix).
Qual foi a base da atividade humana desde a Suméria, passando pela época dos impérios da Babilônia, Assíria, do Egito, Romano; das guerras na Pérsia, Grécia, na China pelos mongóis e na Europa medieval até a idade moderna? Apenas disputas, brigas, mortes, conquista, poder, extermínio, genocídio, estupros em massa pelos exércitos. Foi assim que os homens se organizaram em sociedade.
Quanto mais próximo de nossos dias olharmos a história, mais dados existem que comprovam essa verdade. Na segunda guerra mundial, por exemplo, há registros de 60 milhões de mortos. A guerra só destrói, mesmo assim, segue sendo feita interminavelmente. Isso é estratégia dos seres negativos, que apesar de ninguém acreditar na existência deles, influenciam a humanidade desde o seu início. Esse padrão autodestrutivo apenas continua devido a inveja, ódio, ciúme, que geram a competição. Essa é a Matrix ou forma de viver da nossa sociedade humana. Ela pode ser resumida como a guerra física, econômica, social. Poderíamos exemplificar nos nossos dias, como, uma competição por uma vaga no trânsito, um emprego, salário, entre empresários, etc.
No que se refere à área econômica, há também um padrão que se repete interminavelmente segundo documentos históricos: um crescimento, seguido de uma recessão ou “bolha que estoura”: desemprego, miséria generalizada, fome, escassez de recursos naturais e de bens materiais de toda ordem. No meio disso, sempre existe alguma peste ou epidemia, prostituição, a exploração servil e a escravidão. A história retrata que a África forneceu pelo menos 15 milhões de escravos para o mundo colonial, para fazer girar a roda da economia na época, a verdadeira mais-valia absoluta.
O quanto houve de endividamento, destruição ambiental, extinção de espécies vegetais (com potencial fitoterápico e alimentar) e animais, não pode ser sequer imaginado ou calculado. Isso tudo consiste na Matrix, a forma de viver neste planeta. E para evoluirmos tanto em consciência quanto em existência, não podemos fugir dela e sim, permanecermos nela. No entanto, estar na Matrix não quer dizer que devemos ser da Matrix! Podemos estar no mundo, mas não sermos desse mundo! Mas como fazemos isso? Temos que soltar o mundo, continuar na Matrix, mas fazendo o que não é dela! (Hélio Couto, livro Estar na Matrix e não ser da Matrix).
O contrário da Matrix, que devemos fazer, para não sermos dela mais, é seguir o tripé: trabalhar, estudar e ajudar o máximo possível. O máximo possível, dentro das possibilidades de cada um, Ou seja, devemos estar no mundo, vivermos nele, mas não sermos dele. Devemos apenas viver no mundo, mas não jogar o jogo da Matrix! É o mesmo que Jesus disse: “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Lucas cap.20, vers.25). Ou então: “que não devemos acumular riquezas na terra e sim no céu” (Mateus cap.6, vers. 19-21). Ou: “buscai primeiro o reino dos céus e tudo o mais nos será acrescentado” (Mateus cap. 6, vers.33). Ou então outra passagem que exemplifica que Jesus era de um reino que não era daqui e que a verdade nos libertaria (João, cap.8, vers 12-59).
O universo conspira a favor e ajuda quem partilha, compartilha ou ajuda. Esse é o paradoxo do segurar e competir x o do soltar e ajudar. Nós queremos ter, possuir, e competimos para isso. Esse é o efeito de segurar, que nos faz ter cada vez menos e brigarmos entre nós para termos mais. No entanto, quando soltamos é quando temos mais, quando recebemos tudo o que precisamos. Dar e soltar, atrai mais que pegar e segurar. É preciso acreditar primeiro, para ver depois. Isso é não ser do mundo. Isso é como funciona o Universo fora dessa nossa Matrix, no qual estamos. A partir desse ponto, estaremos apenas vivendo nesse mundo, mas não seremos mais dele. Estaremos usando o livre arbítrio para organizar um planeta da forma mais benevolente possível.
Se não tivermos apego, nós evoluímos em tudo. Porém, esse soltar, esse desapego, que todos os místicos pregaram, para funcionar de verdade, deve ser sincero, autêntico e não como forma de barganha: “vou soltar para ser recompensado depois”. Neste caso não funciona. O “Todo”, o Universo fora da Matrix, proverá tudo o que precisarmos, se trabalharmos para ELE. Inclusive, ao “soltarmos”, nos tornamos imunes ao mal dos seres negativos. Se a bondade, a compaixão, o amor, a atitude de ajudar, fosse o padrão do nosso planeta, não existiria mais essa Matrix.
Quando se ajuda, seja o que for, gera-se endorfina, o precursor da felicidade. Quanto mais se ajuda, mais endorfina se ganha e assim continuamente. Isso é a lei do ajudar-ganhar, o inverso do pensamento retógrado ajudar-perder!
Como podemos ajudar!? Um exemplo seria, para quem tem os meios para isso, criando o maior número possível de empregos para as pessoas produzirem e evoluírem por si mesmas. Outra forma, é pagando os funcionários o melhor que se consegue e não “o que todos estão pagando”! Só pensar assim, já mostra que não se é da Matrix! A bondade destrói a Matrix. Fazer o bem é a melhor coisa que existe, mas tem que ser vivido pela própria pessoa.
Apenas imaginemos se atualmente, existissem mais uma centena de pessoas iguais aos grandes homens da nossa história mais moderna, tais como Martin Luther King (1928-1969), Nelson Mandela (1918-2013), Mahatma Gandhi (1869-1948) entre outros. Se apenas um deles em seu país fez o que fez, imagina uma centena deles espalhados pelo globo simultaneamente!? Já estaríamos em outra dimensão de evolução quântica, com certeza absoluta!