Argentinos percorrem vários países e criam um movimento para ajudar comunidades carentes e crianças de rua.
German e Florência se conheceram em Ushuaia, província mais ao sul da Argentina onde se pode ir. Após algumas conversas, perceberam que não era apenas o sentimento de amor recíproco que compartilhavam entre eles. As linhas de pensamentos de ambos era (e seguem sendo) iguais: viajar, sonhar e ajudar, e isso se converteu em seu lema de vida. Florência Rey Lacoste, natural de Buenos Aires, e German Vildoza, nascido em Mendoza, descobriram cedo um mundo que muitas pessoas demoram a vida toda para perceber que existe: o mundo do outro.
Como iniciaram
Ger e Flor já tinham como objetivo de vida viajar e conhecer o mundo. Partiram inicialmente de Ushuaia, onde já estavam vivendo e onde se conheceram, percorreram toda a região da Patagônia Argentina e logo após essa viagem, sentiram a necessidade de ir além e desbravar um lugar ainda mais longe e diferente do que já estavam acostumados. Com um novo sonho, foram percorrer por diversos países da Europa.No entanto, após conhecer a parte que ninguém conta e que as fotos não ponham a respeito de muitos países, se deram conta de que estavam imersos em um novo mundo, muito diferente do que imaginavam.
O movimento delamanoporelmundo
Percorrendo a Europa, decidiram seguir para a China, país onde o movimento ganhou vida. German e Florência conheceram nesse lugar o que nunca haviam visto antes: a própria alma. Em um período de nove meses, percorreram quase 80% do território chinês e conheceram um grupo de viajantes que tinham como principal objetivo de suas aventuras, ajudar comunidades carentes. Com isso, o casal decidiu se envolver nas causas sociais e com a inquietação de seus corações, nasceu então o DE LA MANO POR EL MUNDO, ou, em português, em tradução livre, DÊ A MÃO PELO MUNDO.
Índia, um país de extremos
Acostumados com um nível diferente de vida, quando Ger e Flor rumaram a Índia, descobriram aí um país de muitos extremos. De acordo com Florência, é um lugar onde quem tem pouco ajuda quem tem quase nada e quem tem quase nada, ajuda quem não dispõe de nada.Imersos em uma realidade até então desconhecida, o casal revela ter renascido nessa viagem, que lhes mostrou um nível diferente de humanidade, sensibilidade e amor ao próximo.Desde uma viagem de trem até um mergulho em um dos rios mais famosos do mundo, German afirma ter mudado sua visão a respeito das pessoas e do mundo ao seu redor.Por mais que estivessem ajudando as comunidades carentes, percebiam que na verdade, eles estavam de mãos dadas com os extremos daquele país e de si mesmos.
De volta a Argentina e coimunidades carentes
Após conversarem, se deram conta de que precisavam voltar ao seu país e fazer lá o que já faziam fora: mudar vidas.Com isso, o casal seguiu para o Norte Argentino onde puderam se envolver com povos originários da região saltenha, onde desempenharam ali um dos trabalhos mais lindos que existem: a humanidade.Gérman e Florência compraram a briga das comunidades carentes e juntaram forças para nadar na contramão do mundo, abrindo mão de suas vidas antigas para darem espaço a uma vida nova, sem ajuda governamental, sem apoio de empresarios e com o minimo de dinheiro.
Como o projeto se mantêm
Antes de comecarem a viajar, German atuava no segmento de acuicultura e desempenhava suas atividades em uma fábrica no setor de qualidade. Florência é guia turística e trabalhava em agências de viagens com atendimento ao público e vendas de passagens aéreas.No decorrer do caminho, aprenderam novos ofícios e hoje são desenhadores gráficos, fotógrafos e desenvolvem atividades de acrobacia, música e esportes.Atualmente, o casal se mantêm com seu trabalho, que desempenham no caminho e de doações de pessoas que, apesar de nao poderem ajudar de perto, querem fazer parte da mudança de vida de crianças e famílias carentes e vulneráveis.
