Ícone do site Pensar Bem Viver Bem

Até quando precisaremos de atravessadores/enganadores para nossas vidas?

Desde nosso nascimento aprendemos habilidades diversas e vários conhecimentos com os nossos pais (ou não, caso sejamos órfãos ou tenhamos sido abandonados), outros familiares, os professores da escola, amigos. É assim no aprendizado intelectual; no domínio de um ofício para nos ocuparmos e ou, obtermos o sustento (consumo de bens e serviços) e, até na nossa caminhada espiritual.

Como seria nossas vidas e nossas cabeças, se não tivéssemos tido professores para nos ensinar a ler e escrever e nenhum pai ou mãe do nosso lado para nos ensinar e nos passar a sua experiência de vida, nenhum amigo de verdade, nenhum ser humano para nos falar de Deus ou qualquer outra forma de fé, e ninguém que nos ensinasse algo sobre alimentação, saúde, ambiente, economia, política, o próprio comportamento humano (psicologia, sociologia, antroposofia, filosofia). Mesmo que às vezes achemos o sistema político, econômico e social no qual vivemos, completamente errado e hostil e ou desfavorável às nossas vidas, é quase certo que sem isso tudo que vemos, ouvimos e interagimos, as nossas vidas também não seriam fáceis.

Sabemos que ninguém faz nada totalmente sozinho e de forma completamente isolada mas, será que precisamos de tantos e tantos atravessadores, como vemos atualmente? Quantos ludibriadores e enganadores existem com a clara e convicta intenção de “passar a perna” nos outros que não sejam eles mesmos? Isso ocorre na educação, na política, no trabalho, na economia, na religião.

Quase sempre aqueles que dizem como as coisas deveriam ser, também não as fazem mas, nem por isso, devemos deixar de buscarmos a verdade por causa disso. Nós precisamos ser cada vez mais, melhores para nós mesmos, superando-nos a cada dia e não, para nos aparecermos e nos vangloriarmos, pois sem a graça ou misericórdia divina nenhum de nós se salvaria. Isso já foi muito bem escrito no livro sagrado porque, qual humano é capaz de julgar outro se, todos nós somos feitos da mesma matéria e de forma parcial! Mesmo que possamos ter uma procedência divina/espiritual (corpo imaterial), nossa existência é carnal e material. De acordo com isso, apenas um ser mais elevado do que nós pode nos julgar adequadamente e imparcialmente. Entretanto, não é por causa disso que, devemos deixar de buscar o mais correto proceder aqui nesta vida e nesta Terra, pois o único, que pagará a conta de nossos atos, será nós mesmos.

Nunca devemos também, desistir de nossos sonhos e das nossas crenças interiores, pois assim como talvez possamos estar errados, os outros também podem estar. É como acreditar em Deus! Há aqueles que dizem que não existe! Mas o que importa de fato é o que sentimos interiormente. Assim como não podemos e nem devemos, forçar ninguém a acreditar, também não precisamos deixar de confiar e crer em Deus se assim nos faz bem. Não é a denominação religiosa ou seus líderes que nos conduzirão a Deus, à paz interior e à harmonia com nossos irmãos e sim, nosso sentimento íntimo e fervoroso de missão, amor e doação em nós, o qual faz-nos refletir, questionar sobre tudo, através do único e legítimo condutor e salvador, Jesus Cristo.

O único batismo que pode salvar realmente, em qualquer religião (religação) e ou Igreja, é o do espírito santo em nós, ou seja, o nascer de novo de forma consciente e diferente de ver as coisas neste mundo material passageiro e cheio de idolatria, a mudança de vida e de valores cultuados ou visados, o renascimento na fé numa vida nova, repleta de paz, alegria e bem-aventuranças. Mesmo que, Jesus tenha sido ou não, exatamente o que dizem ou escreveram sobre ELE, isso não compromete em nada os seus ensinamentos, pois nenhum homem conseguiu refutá-los ou revogá-los até hoje, de forma plena e consistente. Os céticos podem, até desacreditar o maior, melhor, mais honesto, humilde e íntegro mensageiro, sábio, educador, curador de todos os tempos, mas, não suas palavras e o conteúdo que delas emana. Tanto é verdade que, a própria história recente da humanidade, foi dividida como antes e depois DELE. Pode-se retratar seu rosto, sua imagem, seu corpo, de inúmeras e incontáveis formas distintas, mas não sua mensagem principal, que continua permanecendo praticamente a mesma, apesar do passar dos séculos e de todas as mudanças sociais, econômicas e ambientais mundiais, ocorridas desde então.

Jesus pregava uma vida simples, mas cheia de significado, sentido, humildade, justiça, fraternidade e amor. Algo que era demonstrado por ele próprio e realizado na prática do dia a dia, no convívio com os demais habitantes da sua época e região onde viveu. O que o homem busca a vida inteira está em nós mesmos, que é o grande templo sagrado. É por isso que Jesus não se importava em discursar sob as árvores, no campo, num barco, entre outros lugares. O que importava de fato era a boa nova, a salvação do ser em cada pessoa, e não o domínio, a mercantilização do conhecimento, ou de bens materiais. O importante em primeiro lugar é o que se vive (a essência do ser, a realização pessoal/espiritual) e não necessariamente como se vive (com mais ou menos bens materiais). Quando estamos em paz conosco e com o próximo, conseguimos lidar muito melhor e mais serenamente com as desventuras, vicissitudes e intemperanças da vida.

Atualmente, até a morte é um grande negócio. Apesar de sempre haver pessoas que choram e lastimam a falta dos seus entes queridos, sempre há também, aqueles que ganham muito com isso. Quantas vezes, acabamos dando maior atenção e cuidado à uma pessoa já falecida do que quando a mesma está viva? Construímos túmulos carríssimos e presentamos os nossos mortos com adornos, enfeites e flores de todo tipo, mas, quando em vida aqui e agora, nunca os visitamos, nem que seja apenas para dizer que temos muito apreço e gostamos deles.  

Podemos achar o mundo simples ou complicado; tudo vai depender da nossa leitura de mundo e ao que damos maior importância nas nossas vidas. A omissão de fatos para contar uma história sempre nos afasta da realidade da mesma! Estamos diariamente e permanentemente, tentando desvendar a verdade inteira da(s) história(s) que nos contam, no nosso local de trabalho ou de estudo, no rádio, jornal, televisão, internet, entre outros meios. Quando descobrimos as “mentirinhas” ou meias-verdades, escondidas na “verdade” que nos foi passada, a qual era pra ser uma sentença completamente verdadeira, ficamos furiosos, magoados, chateados. E o pior é que, quase nunca descobrimos se, quem nos passou as informações todas, sabia dessas falsidadezinhas ou, se também foi enganado, não tendo culpa ao passar adiante o que sabia.

Isso tudo é muito fácil de evidenciarmos em qualquer compra ou venda de algum bem ou serviço que fazemos. Todos nós somos consumidores e/ou vendedores de algo! Ao comprarmos queremos honestidade, sinceridade e garantias do vendedor. Mas quando é nós que estamos vendendo, nós somos assim também, íntegros, humildes e, acima de tudo, prestativos para qualquer eventual problema que possa surgir? Ou apenas queremos nos “livrar” do que estamos vendendo? Um exemplo é a venda de um carro usado que já foi batido e restaurado. Quem está vendendo, pode até estar sabendo disso, mas, mesmo assim, não dizer nada ao comprador, para não influenciar na sua decisão final. Se o comprador vier a saber disso depois, poderá ficar muito desanimado por algo ter sido omitido, mesmo o carro sendo bom. O que é mais frustrante e doloroso é a sensação de ter sido enganado, até mais do que o próprio valor da negociação.

Como seres humanos verdadeiros, íntegros, devemos pensar muito bem no que falamos e afirmamos, pois muitos são aqueles que podem ser influenciados por nossas palavras. Que não sejamos meros atravessadores e sim, os buscadores incansáveis e implacáveis da verdade real e integral. E que nos faz felizes independentemente do que descobrimos nessa jornada.

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

Siga nosso insta @PensarBemViverBem




Sair da versão mobile