As verdades que estão presas ao amor

As verdades que estão presas ao amor

A seguir, vamos nos aprofundar um pouco neste artigo onde vamos conhecer um pouco sobre as crenças e os mitos do romantismo em relação ao amor. No entanto, sabemos que idealização do amor é um recurso que poetas, pintores e músicos utilizam há vários séculos. Assim,  se construiu um conjunto de mitos que circulam atualmente e aos quais muitos prestam atenção, sem parar para pensar profundamente se são válidos ou não.

A dificuldade é que as pessoas podem construir expectativas muito altas. Nessa medida, nenhuma realidade estará à altura do que sonham e esperam. É por isso que uma e outra vez você se sentirá desiludido com a realidade e achará difícil construir laços genuínos de amor com outras pessoas depois de uma decepção amorosa.

Promova a sua liberdade e permita que os outros também sejam livres

O amor idealizado pelo romantismo torna-se o centro do universo pessoal. É o bem maior e o ponto onde todos os caminhos da vida levam; representa redenção, salvação ou a culminação de todos os desejos os mais fascinantes deste mundo.

Há uma alusão frequente à ideia de que alguém só será feliz se encontrar e manter um parceiro. Diz-se também que o amor envolve grandes sacrifícios e dificuldades, dependendo da manutenção do relacionamento a todo custo. Todo o ser deve estar comprometido no casal. Não pode haver segredos, nem restrições de liberdade um ao outro. Pois a maioria dos relacionamentos se desgastam por não haver liberdade um ao outro, isso se torna sufocante virar um relacionamento opressor que aos poucos vai matando o parceiro, a ponto de haver um suicídio emocional de quem sofre com este tipo de falta de liberdade opcional.

Sinceramente eu como pensador quero deixar expressa aqui a minha opinião em relação a esses tipos relacionamentos de hoje construído a base de total entrega. Onde a realidade nos mostra o contrário. Essas entregas absolutas, onde tudo gira em torno do casal, têm mais a ver com a neurose do que com o amor propriamente dito.

O ser humano tem múltiplas dimensões e nem todas podem ser compartilhadas com nosso companheiro. Existem muitas situações e pessoas na vida que nos levam a momentos de felicidade, não só o amor romântico tem essa virtude em atitudes.

Há também esferas pessoais que consideramos privadas. São aqueles espaços que gostamos de reservar para nós mesmos. Fazem parte do nosso processo de autoconhecimento, da nossa exploração individual, da nossa vida. E não é desleal deixar de compartilhá-los com seu parceiro. Nem é egoísta. É simplesmente um mecanismo para preservar nossa individualidade. Quero chamar a sua atenção meus caros leitores aprendam respeita o espaço do seu parceiro (a), pois a situações e momentos que se preservar, esta em silencio é o melhor remédio para refletir a vida.

Aceite que a liberdade é a forma mais plena, completa e saudável de aproveitar a vida, de compreendê-la em toda a sua imensidão.

O mito da posse sobre o outro

Compreende um conjunto de ideias em que se reitera a crença de que o amor de um casal é uma totalidade avassaladora na qual não há lugar para a individualidade. Argumenta-se, por exemplo, que todo amor verdadeiro deve necessariamente levar ao casamento ou, em todo caso, a uma convivência intensa, mas temos que tomar muito cuidado com esse tipo de pensamento, pois muitas das vezes ao invés de fazemos bem para nossa companheira (o), estamos sufocando fazendo mal.

Também se afirma que o ciúme é uma paixão absolutamente legítima. Há até quem afirme que é um dos sinais inequívocos do amor: se te ama, tem ciúmes. Por outro lado, a infidelidade equivale a uma hecatombe inteira; a infidelidade é uma prova definitiva de falta de amor, um obstáculo intransponível, uma ofensa de ao amor.

Aqui, novamente, a realidade nos mostra que as coisas não são exatamente como os românticos postulam. Não há como garantir que o amor verdadeiro terminará em uma união estável que nunca se romperá com o passar dos anos. O amor não é um sentimento estático e todos os dias vemos casamentos que permanecem sem amor, ou relacionamentos que se desfazem mesmo que haja grande afeto de ambos os lados. Entretanto, pode haver até afeto, mas não há respeito, companheirismo, compreensão, entendimento, paciência, tolerância.

Significa basicamente saber amar, valorizar e se envolver nas coisas de um ponto de vista mais equilibrado e saudável, livrando-nos dos excessos que nos acorrentam e nos amarram. Isso corta nossas asas.

Sabemos também que a infidelidade existe e ocorre mesmo em casais muito apaixonados. Não depende necessariamente da falta de amor, mas muitas vezes tem mais a ver com inseguranças ou vazios pessoais do que com falhas no relacionamento.

Por tudo isso, pode-se concluir que provavelmente seríamos muito mais felizes se desistíssemos de acreditar nesses mitos do romantismo. Isso nos permitiria apreciar melhor a realidade e, talvez assim, deixaríamos de ansiar pelo que não existe e poderíamos desfrutar plenamente do que realmente podemos esperar.

Não estamos falando apenas das relações interpessoais, mas também da relação que estabelecemos com nós mesmos, ou o que o próprio Bauman chama de “liquidez do amor próprio”é o que precisamos ter antes de proporciona o amor as outras pessoas.

Quando você ama a si mesmo e não precisa dos outros, é quando está preparado para amar o próximo de maneira saudável. Frase do pensador Aldemi Alves

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