Quem nunca sentiu insegurança? Essa sensação pode trazer desconforto e muita frustração
Em diversas situações já presenciei a insegurança em mim e nas outras pessoas. Recentemente, deparei-me com uma situação um pouco desconfortante, mas que me fez pensar muito sobre quando perdemos o controle e deixamos esse estado emocional nos dominar.
Ao refletir sobre o comportamento completamente descontrolado de uma determinada pessoa, vi características bem específicas, como: não conseguir olhar no olho do outro quando está totalmente inseguro, além da tentativa frustrada de manter um certo controle completamente inexistente àquela personalidade, a voz baixa ou o contrário que é a voz alterada como se estivesse desesperada para ser ouvida, entendida e aceita.
E quando essa insegurança rompe o “muro” da consciência e da inteligência emocional e vai parar nos insultos para tentar camuflar a sensação de impotência onde acredita ser tão inferior ao outro que deixa o desespero vir?
Ao ingressar no infinito processo do autoconhecimento nos deparamos com diversas situações em que já agimos erroneamente e vimos pessoas próximas a nós com esse mesmo comportamento. Como somos completamente desprovidos de perfeição, com certeza a insegurança já foi protagonista na nossa vida.
Na situação em que me deparei com uma enorme insegurança da outra parte, não reagi e pensei em como já fiz aquilo, não na mesma proporção, mas com a mesma sensação de uma fragilidade enorme e de uma falta de percepção muito grande sobre a minha pessoa. A insegurança nos traz uma percepção muito negativa de si mesmo.
Olhando aquela pessoa completamente fora de si, com o olhar baixo, com a voz trêmula, e a nítida sensação de não ser capaz nem digno de nada, me fez enxergar quem realmente sou e como também já estive assim. Na hora simplesmente me perdoei por não notar o meu próprio brilho. Ali olhando aquela pessoa pude ver o brilho dela, o quão bonito era seu rosto, seu corpo, seu coração, mas que infelizmente não conseguia se vê assim e aquilo me entristeceu. Como quis poder ajudar, mas pensei em como fazer, já que a outra pessoa por uma excessiva insegurança não dava espaço para uma aproximação. E foi assim que nos afastamos.
O que aprendi sobre a insegurança? Que a dor pelas perdas que ela causa em diversas áreas da vida podem ser enormes.
Também aprendi a me olhar no espelho observando cada detalhe físico com suas particularidades e imperfeições. Me reconectei através de meditações, de olhar sem nenhum senso crítico os erros que cometo diariamente entendendo que é normal, claro procurando consertar e melhorar, e isso não me faz inferior a ninguém, aprendi principalmente observar com minuciosidade as minhas qualidades, minhas virtudes e sempre me sentir feliz e grata por ser assim.
Não estamos blindados contra a insegurança. Infelizmente não existe uma maneira de evitar que ela se aproxime, mas podemos estar cientes de como somos de verdade, conscientes do nosso controle emocional e o mais importante, enxergando bem nossas qualidades.
Todos os dias sinto uma enorme gratidão por tudo que tenho, por ser exatamente assim e me olho não mais com autocritica, mas com admiração pelo meu corpo, pela minha personalidade, por quem sou agora e por quem fui no passado. Reconheço os erros que cometi e que atitudes impensadas afastaram pessoas de mim, mas me perdoo porque sei que não tinha o autoconhecimento que tenho hoje. Então, sigo em frente orgulhosa, mas não com esse orgulho atual que engloba o mundo e nos faz arrogante, mas um orgulho relacionado ao amor por si mesma.
Afastar a insegurança é uma luta diária que com o tempo vai ficando mais forte, se tornando fácil lidar com as situações. O importante é reconhecer essa fragilidade e procurar exercitar a admiração pela pessoa que é, por tudo que passou e o quão forte foi e continua sendo.