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Aprender ou Sofrer

Chegamos ao mundo simples e puros como os passarinhos, frágeis e dependentes é bem verdade, mas com um corpinho zero quilometro. Abertos a aprender, flexíveis e cheios de ternura.


Durante muitos anos o tempo só ajuda, quanto mais o tempo passa melhores ficamos, a potencialidade do corpo só melhora, aos dez anos alguém vai nos dizer que estamos ficando mocinhos, mocinhas. Jovens seremos por mais algumas décadas ao menos. Eis que em dado momento o tal relógio muda a regra do jogo. Não seremos mais tão jovens e o corpo agora muda o rumo da conversa antes tão prazerosa. O que perdemos em vigor, ganhamos em maturidade, embora isso não seja via de regra.


É uma caminhada evolutiva onde quem não avança retrocede, as lições são diárias pois estamos na escola da vida. Fazemos a caminhada como aventureiros subindo uma montanha. Para cada fase um novo olhar, até que no cume conseguimos perceber a proporção de cada momento, tudo fica bem menor depois que passa.


Subir a montanha é a vida, cada dificuldade um novo aprendizado, cada pedra tirada do caminho é vitória para caminhada, mas cada parada longa, vitória para a dificuldade e vamos nos construindo. Vamos nos perguntando ao longo do trajeto: por que comigo? O que fiz de errado? Para que tanto sofrimento? E em meio as queixas não percebemos que é assim que se evolui. Nossos pontos fracos nos fazem humanos, nos aperfeiçoamos em nossa imperfeição. Nessa vida breve escolhemos apenas as sementes.


Os problemas diários, os sustos, as perdas, os acidentes e incidentes, doenças e relacionamentos são as ferramentas de aprendizagem, e só aprendemos o que ainda não dominamos. Quando encaramos cada espinho como oportunidade, processo de cura e aperfeiçoamento a caminhada é menos dura, menos tensa, menos sofrida. Mas quando nos vitimizamos acreditando num mundo vingativo e cheio de turbulência, se aprende menos e se sofre mais, por vezes apenas há sofrimento.


É como a bailarina suave e maravilhosa, plena e perfeita, alçando voos em meio a uma linda música. No pé direito eis a seda e no esquerdo as chagas, o resultado, bem, o resultado é o bailado.


Que possamos dominar o medo, acolher a dúvida, descobrir nossos próprios dons, enfrentar a cada dia com esperança e alegria para valer a pena nossa passagem.

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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