Há um tipo de raciocínio que nos intriga, que nos tira do evidente, que nos faz pensar além do óbvio.
Marco Túlio Cícero (106 a.C.-43 a.C) foi um filósofo e escritor romano, um homem lembrado como um orador especial, alguém que trouxe boa parte da filosofia grega, socrática e pós-socrática, para o mundo latino e, portanto, um dos responsáveis por grandes trabalhos e obras que acabaram vindo para nós, inclusive nos tempos contemporâneos. Ele, que, aliás, foi executado por mando de Marco Antônio, aquele principal general de César que fez parte do Segundo Triunvirato.
Cícero, um homem muito inteligente, dizia: “Não me envergonho confessar não saber o que ignoro”.
Não tenho vergonha de dizer que não sei o que eu não sei. Pode soar uma fala que entraria numa trilha de ignorância, mas trata-se de uma manifestação muito forte de inteligência. Isto é, a capacidade de reconhecer o caminho que ainda não trilhou, a rota não percorrida e não ter vergonha de confessar que não sabe o que não sabe.
Não saber o que ignora e saber isso, isto é, que não sabe, sem que seja um trocadilho, saber que não sabe é uma demonstração especial de inteligência.
Cícero, um homem com uma obra especial na Antiguidade, sabia da importância de saber o que não se sabe.
Texto escrito pelo…
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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