Uma nova pesquisa realizada por uma equipe de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Southampton, no Reino Unido, encontrou uma relação entre ansiedade moderada a severa e desenvolvimento tardio de demência.
Publicado no periódico BMJ OPEN no final de abril, o estudo analisou 3.500 pesquisas em busca de artigos que examinaram a ligação entre depressão da meia-idade — com ou sem ansiedade — e demência de início tardio. Do corpo de pesquisa examinado, apenas quatro estudos focaram no tópico desejado e incluíam quase 30.000 pessoas.
“A ansiedade clinicamente significativa na meia-idade foi associada a um risco aumentado de demência em um intervalo de pelo menos 10 anos”, escreveram os pesquisadores.
A ligação entre ansiedade e demência, observam os autores, pode ser explicada pela excessiva resposta ao estresse desencadeada pela condição de saúde mental. Essa resposta anormalmente alta pode acelerar o processo de envelhecimento das células cerebrais, o que, por sua vez, pode acelerar o declínio cognitivo relacionado à idade.
Segundo os cientistas, a resposta anormalmente alta ao estresse pode acelerar o processo de envelhecimento das células cerebrais
Meditação e terapia podem ajudar
Segundo os cientistas, a descoberta não necessariamente quer dizer que aliviar a ansiedade manteria a demência afastada. Isso “continua sendo uma questão em aberto”, dizem. No entanto, eles sugerem que vale a pena testar opções de tratamento para a ansiedade desde cedo.
“Terapias não farmacológicas, incluindo terapias da fala, intervenções baseadas em mindfulness e práticas de meditação, que são conhecidas por reduzir a ansiedade na meia-idade, podem ter um efeito de redução de risco, embora isso ainda não tenha sido completamente pesquisado”, afirmou Amy Gimson, principal autora do estudo.
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