A ansiedade, especialmente nos tempos atuais, é passível de tratamento.
Há uma ansiedade que leva à obsessão, em alguns momentos ao desespero, a ansiedade como sendo aquele estado de prontidão e preparação que leva, inclusive, a alterações no metabolismo, a pessoa fica mais ofegante, o coração bate mais aceleradamente. Mas há uma ansiedade fértil, aquela que nos leva a ficar mais atentos e em estado de prontidão, predispostos à criação de algo.
Lawrence Durrell (1912-1990), poeta britânico nascido na Índia, dizia: “O poema é o que acontece quando uma ansiedade encontra uma técnica”.
Porque é claro que produzir poemas não é caso apenas da inspiração, exige técnica de redação, conhecimento do idioma, o manejo sintático para que aquilo tenha arte e graça, mas, acima de tudo, ele lembra bem, o poema nasce de uma ansiedade.
De maneira geral, o poeta, a poeta, a poetisa como diriam alguns de nós, precisa ter uma ansiedade, algo que faça o poema sair. Quando a ansiedade encontra a técnica, o poema pode vir à tona, não apenas pela inspiração de uma ideia, mas também pela predisposição de fazê-lo.
Ansiedade e técnica como fertilidade.
Texto escrito pelo…
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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