Amizade! 5 é melhor que 5000

Amizade! 5 é melhor que 5000

Sempre friso em meus textos sobre reflexões e as aplicando em nosso dia-a-dia, certa vez uma pessoa me falou que é melhor ter um número mínimo de amigos que você pode contar nos dedos de sua mão,a ter uma imensidão de amigos que você não pode contar para nada.

Como saberemos se nossas amizades são verdadeiras e que conduzem a nossa felicidade?

Bem podemos ver alguns conceitos expostos por Aristóteles em seu livro  Ética a Nicômaco onde o filosofo descreve de forma objetiva  sobre ter poucos amigos.

“Não se pode ser amigo de muitas pessoas no sentido de ter com elas uma amizade perfeita, assim como não se pode amar muitas pessoas ao mesmo tempo (pois o amor é, de certo modo um excesso de sentimento e está na sua natureza dirigir-se a uma pessoa só); e não sucede facilmente que muitas pessoas, ao mesmo tempo, agradem muito a um indivíduo só, ou mesmo, talvez,que pareçam boas aos seus olhos. É preciso, por outro lado, adquirir alguma experiência da outra pessoa e familiarizar-se com ela, e isso custa muito trabalho, Mas com vistas na utilidade ou no prazer, é possível que muitas pessoas agradem a uma só, pois muitas pessoas são úteis ou agradáveis, e tais serviços não exigem muito tempo.”

Aristóteles deixa claro em sua exposição sobre ter um monte de pessoas como amigos, e hoje em dia é uma tarefa difícil ser minimalista nas amizades pois somos absorvidos por inúmeras redes sociais, onde quando percebemos já temos mais de 5000 amigos, que mal conhecemos.Novamente volto a fazer a mesmo pergunta.Devemos filtrar nossas amizades, confiar em muitas pessoas é o mesmo que confiar em ninguém.

Como saberemos se nossas amizades são verdadeiras e que conduzem a nossa felicidade?

Bem para responder essa questão podemos ter uma breve percepção sobre a famosa fábula de  La Fontaine  “Os dois amigos”.Essa fábula nos ensina a perceber o valor da verdadeira amizade.

“Certa noite, um dos amigos acordou sobressaltado. Pulou da cama e se vestiu apressadamente e se dirigiu à casa do outro. Ao chegar, bateu fortemente na porta do amigo e todos despertaram. Os criados abriram a porta assustados e ele entrou na residência.

O dono da casa, que o esperava com uma sacola de dinheiro em uma mão e sua espada na outra, disse-lhe: 

– Meu amigo: sei que você não é homem de sair correndo em plena noite sem algum motivo. Se você veio à minha casa é porque alguma coisa grave te aconteceu. Se você perdeu dinheiro no jogo, aqui está o dinheiro, pegue-o. E se você se envolveu em alguma briga e necessita de ajuda para enfrentar os que te perseguem, a gente vai lutar junto. Já sabe que pode contar comigo para tudo. 

O visitante respondeu:

– Eu agradeço muito as suas generosas ofertas, mas não estou aqui por nenhum desses motivos. Eu estava dormindo tranquilamente quando sonhei que você estava intranqüilo e triste e que a angústia te dominava e que estava precisando de mim ao seu lado. O pesadelo me preocupou e por esse motivo eu vim para a sua casa a essa hora. Eu não poderia ficar tranqüilo enquanto não comprovasse por mim mesmo que você estava bem. 

A moral para esta  história é  estar atento às necessidades do outro e tratar de ajudar para solucioná-las, ser leal e generoso e compartilhar não somente as alegrias, mas também as tristezas.”

Assim se comporta um verdadeiro amigo. Não espera que o seu companheiro procure por ele, mas quando acha que algo está acontecendo, ele corre para oferecer sua ajuda. Então fica a dica pense em seus 5000 mil amigos, agora separe somente cinco que você tem a certeza que realmente gosta de você aos quais você tem plena confiança.

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