Alta fidelidade

Alta fidelidade

O que veio primeiro, a música ou a tristeza? Eu ouço música pop porque sou infeliz? Ou sou infeliz porque ouço música pop?” É assim que inicia o filme Alta fidelidade, baseado no livro homônimo de Nick Hornby. Esse é só um dos questionamentos que o inseguro Rob Gordon tem durante o filme.

Rob tem 35 anos e é dono de uma pequena loja de discos em um bairro sem muitos clientes. Ele tem como únicos amigos seus dois curiosos funcionários, Barry e Dick. Após sua namorada Laura terminar o namoro e sair de casa, Rob conclui que há algo de errado com ele e, para tentar entender sua vida amorosa, elenca os cinco piores términos de relacionamentos que teve na vida: Alison, Penny, Jackie, Sarah e Charlie. Por orgulho e certo rancor, ele não coloca na lista o término mais recente, apesar de pecebermos que ele ama a Laura. Falando em listas, o filme é cheio delas, o que deixa a narrativa leve e dinâmica. Ele e os amigos constantemente fazem listas como “Top Five músicas sobre a morte” ou “cinco melhores discos de todos os tempos”. Tudo sempre relacionado à música, é claro.

O filme usa bem a técnica de break the fourth wall (quebra da quarta parede), pois o Rob fala diretamente com o público, contando seus pensamentos e inseguranças diretamente para a gente que assiste ao filme. Lembrando que essa técnica é bastante usada em “Curtindo a vida adoidado” (1986), “Clube da luta” (1999), “O senhor das armas” (2005) e na série “House of Cards” (2013), o que nos deixa presos ao roteiro e sabendo exatamente o que ele pensa sobre certa cena.

Então, ele visita suas ex-namoradas para entender o que fez de errado para merecer ser rejeitado em todos os seus casos anteriores, buscando um sentido para sua vida, ao mesmo tempo em que conhece uma charmosa cantora e inicia um relacionamento novo. A partir deste ponto, só assistindo para evitar spoiler (rs).

O filme é repleto de referências pop e é bem fiel ao livro, que aproveito e indico também, até por que ao ler o livro você consegue descobrir várias bandas e músicas que os personagens citam em suas listas. Assim, quem gosta de música, lembra das locadoras (aqui, no caso, loja de discos) e tem muitas dúvidas em seus relacionamentos, esse filme vai cair como uma luva. Além de ser divertido é, apesar de ser de 2000, a cara dos anos 90.

Let´s get it on!  

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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