Quando surgiu no início dos anos 1980, a Aids (sigla em inglês da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) era uma verdadeira sentença de morte. A infecção (denominada de forma preconceituosa como “câncer gay”, pois as primeiras vítimas eram homossexuais) era coisa nova e ainda hoje não é totalmente conhecida: não há cura e os soropositivos (há quem, infectado pelo HIV, não desenvolve a Aids) apenas conseguem controlá-la com um coquetel de antiretrovirais.
A sentença de morte transformou-se em garantia de vida normal para quem adquire a síndrome. Criado em 1987, o Dia Mundial de Luta contra a Aids foi lembrado ontem e existe para alertar a humanidade para um dos maiores problemas de saúde pública, que já matou mais de 35 milhões de pessoas, 1 milhão delas somente em 2016.
EM TODO O MUNDO, SÍNDROME JÁ CAUSOU A MORTE DE MAIS DE 35 MILHÕES DE PESSOAS
Segundo relatório da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), divulgado anteontem, a ampliação do acesso a todas as opções de prevenção ao HIV poderia reduzir o número de novos casos do vírus na América Latina e Caribe, que desde 2010 se mantêm em 120 mil por ano.
As informações do relatório e os dados do Unaids revelam que 64% dos novos casos de HIV na América Latina ocorrem em homens gays, profissionais do sexo e seus clientes, mulheres trans, pessoas que usam drogas injetáveis e nos parceiros dessas populações-chave. Outro fato que chama a atenção é o aumento de infecção entre os jovens: um terço das novas infecções ocorre em pessoas de 15 a 24 anos.
A Unaids avalia que para reduzir as novas infecções entre as populações-chave é preciso adotar ações de prevenção do HIV que sejam específicas e de alto impacto, além de acesso a tratamento para todos. Em comunicado à imprensa, o diretor regional do Unaids para América Latina e o Caribe, César Núñez, defendeu que é preciso também ter “um compromisso inabalável com o respeito, a igualdade de gênero, a proteção e a promoção de direitos humanos, incluindo o direito à saúde”.
Quase 21 milhões de pessoas portadoras do HIV estão em tratamento no mundo e o número de novas infecções e mortes relacionadas à Aids está em declínio em vários países. O HIV é um vírus que se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico. Atualmente, não há cura efetiva e segura, mas o HIV pode ser controlado com medicamentos. Especialistas explicam que a única maneira de evitar que a Aids se desenvolva é fazer o tratamento adequado, além de tomar medidas de precaução contra a transmissão. A principal delas é usar preservativos nas relações sexuais. Só esta medida pode reduzir de forma considerável o número de soropositivos em todo o mundo.
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