África mestra

África mestra

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “África mestra”.

É um engano ou uma distração muito trivial, inclusive na escola, nos referirmos à África como se fosse um país, com uma única cultura, uma única identidade, uma única geografia, um único modo de ser. É claro que a África não é um país, é um continente, uma diversidade. Há povos absolutamente diversos, não só com idiomas, mas com culturas, pinturas, comidas, sabores.

A África carrega uma diversidade que nos encanta em relação a muitos modos como se organizou na história e nas inúmeras circunstâncias em que foi vitimada pela cobiça e pela ganância humana, um sofrimento que a história mostrou. A escritora Lígia Fagundes Telles, em seu livro A disciplina do amor, registrou: “Nas minhas andanças, fui parar na África e conversei com aqueles homens da Unesco – os bons, não os burocratas – e um deles me disse: ‘Cada vez que morre um velho africano é uma biblioteca que se incendeia'”.

Porque perdemos cultura, história, emoção, memória e, portanto, aquilo que mostra um dos modos de ser humano. E na África os modos de ser humano são muitos.

Não por ser um lugar de um único modo, mas por ser um continente com belezas, mágoas, história e desespero, que hoje busca saída.

 

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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