A solidão não é sua inimiga

A solidão não é sua inimiga

Primeiramente é necessário sublinhar que solidão e solitude são duas condições distintas, mas nós precisamos de ambas. Então, caro leitor, por meio deste texto você vai entender o porquê.

Caso decida fazer uma busca rápida no Google, descobrirá que solitude, termo popularizado por Paul Tillich, denota uma solidão voluntária, ou seja, uma certa alegria propiciada por estar só.

A Solitude

Na solitude o indivíduo entende que estar sozinho não é uma penitência, mas sim, uma oportunidade de olhar para si mesmo, nas entranhas da própria alma, e se conectar com a plenitude do seu ser. E, convenhamos, é quase impossível encontrar o próprio deserto no meio da multidão, já dizia Nietzsche.

Ok, mas por que nós precisamos de solidão e também de solitude? A solidão é diferente, ela é um recado áspero e mordaz que a vida nos dá. A solidão martela as ilusões e mostra que, independentemente de nossas amizades incontáveis e inebriantes, o caminho trilhado terá desalento, dores, angústia, medo, alegrias e êxtase. Ou seja, ficar só e experienciar a rejeição faz parte do processo, e, além do mais, nos ajuda a ter uma melhor compreensão da vida.

A solidão aclara o que realmente vale a pena

Nesse sentido, faz-se necessário reiterar que a solidão faz parte da vida e tem muito a nos ensinar, tendo em vista que é extremamente útil para o amadurecimento. Quando estamos sozinhos e desolados, à distância, por assim dizer, conseguimos decidir com maior presteza o que vale a pena manter por perto e o que merece ser descartado de uma vez por todas.

Não tenha medo da solidão, meu caro, tenha medo de estar sempre rodeado de pessoas e, quando for rejeitado em algum momento da vida, não suportar a dor. Enxergue a solidão e a solitude como aliadas e necessárias.

Para finalizar, o filósofo Arthur Schopenhauer trouxe à luz uma bela explanação acerca do tema: (…) “Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exacta do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é”. SCHOPENHAEUR, A., Aforismos sobre a Sabedoria da Vida.

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