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A procura incessante por respostas da nossa existência terrena

Cada ser humano pensa internamente algo diferente um do outro. No entanto, enquanto a imensa maioria das pessoas apenas se ocupa única e exclusivamente dos compromissos mundanos, rotineiros e passageiros, tais como a satisfação de necessidades diárias de alimentação, saúde, educação, transporte, vestuário, moradia e/ou prazeres carnais, além de compromissos diversos para obtenção de renda e acumulação de capital; diversas outras entre nós, ainda percebem que só isso não as tornam plenamente felizes e satisfeitas.

            O sustento das nossas necessidades fisiológicas, um vestuário e um abrigo aonde dormir e descansar, não é suficiente para nossa consciência e alma ficarem plenamente saciadas, alegres e tranquilas. Sempre falta algo interior. É aquele “vazio” que as pessoas sentem e ignoram, ou tentam preencher com consumismo de bens, alimentos, de diversão, entretenimento e/ou vícios os mais diversos.

            Muitos denominam esse vazio, esse algo a mais, cujo sintoma geralmente caracteriza-se como uma grande tristeza interior, uma fome insaciável ou um aperto no peito, como uma consciência de missão pessoal. Esse sentimento é muito pessoal, especial, puro, nobre e, quando alguém o tem, caso preste bastante atenção, acaba entendendo o que significa. O corpo físico está manifestando o que a alma está sentindo. Uma vontade excepcional acaba manifestando-se, um impulso interior muito forte, o qual movimenta-nos a fazermos alguma coisa para mudarmos de vida, de rumo, de lugar e, ainda, fazer algo altruísta nesse mundo, para torná-lo um pouco melhor com a nossa presença.

             Por que às vezes, apenas uma ou pouquíssimas pessoas, sobrevivem a um grande desastre coletivo? Como por exemplo, o naufrágio de um navio, o acidente de um ônibus, a queda de um avião, ou o incêndio de um prédio!? Para quem olha de fora desses acontecimentos, pode pensar mil e uma coisas, tal como destino, algum tipo de castigo, ou simplesmente, um fenômeno da natureza (quando há o advento conjunto de algum evento climático), mas o detalhe é que, para cada sobrevivente, isso é uma marca indelével, mas bem profunda em sua alma. Isso se resume no porque dele ter sobrevivido ou, ter sido poupado da morte naquele momento e lugar, em meio a tantos outros que perderam as suas vidas físicas. Assim é a nossa vida, quantas vezes sofremos acidentes e ou corremos perigos e, por alguma força inexplicável e misteriosa, tanto para a nossa ciência e para os nossos sentidos limitados, escapamos ilesos e imunes, para continuarmos vivendo mais um tempo neste mundo?

            Para muitos talvez, isso não represente nada, mas para quem presta muita atenção em si mesmo e nos sinais que ocorrem ao seu redor, tudo faz muito sentido. Em Mateus (cap. 10, vers.30), há que até o número de fios de cabelos está contado em nossas cabeças. Deus vê o coração de cada um (Jeremias, cap.17, vers.10; Mateus, cap.18, vers.35).

            Não podemos jamais ignorar as advertências ou manifestações de que algo poderá vir a acontecer (Alquimista- Erico Verissimo). Todo e qualquer sinal pode querer nos dizer alguma coisa, com toda a certeza absoluta, seja para nossa vida pessoal como para a vida do planeta (Mateus, cap. 24; 2 Timóteo, cap.3).

            Apesar de todos esses fatos, ainda há aquela pessoa que, mesmo passando por todas e quaisquer adversidades possíveis e inimagináveis, é capaz de voltar a fazer as mesmas coisas de antes (ou outras piores) de um acontecimento difícil e /ou terrível. Podemos ilustrar isso a partir da violência em todos os lugares, tais como no trânsito. Caso alguém tenha batido o carro embriagado, e saído relativamente bem dessa situação, é bem provável que na maioria das vezes, esta pessoa continue com seu vício e ainda por cima, “pegando no volante posteriormente”. Nem mesmo um acidente trágico como esse, em que esta pessoa tenha presenciado o desastre e sobrevivido a ele, parece ser o suficiente para conscientizá-la a não repetir mais o seu comportamento anterior. O sobrevivente (ou a sobrevivente) que foi relapso, conivente, irresponsável, e /ou inconsequente com uma situação extrema, geralmente não consegue perceber que ele, por alguma força maior, passou com vida, por aquele acontecimento triste para, acordar e ver as consequências da sua imprudência e assim, mudar o seu “estilo”, ritmo, modo de viver.

            Não é à toa que existe o ditado: “inteligente aprende com os seus próprios erros mas, o sábio aprende com os erros dos outros”. Quando não aprendemos com os conselhos, ensinamentos e erros dos outros, teremos de aprender por conta própria a partir de nossos próprios infortúnios e desgraças. Vários acontecimentos esses que, poderiam ser evitados ou amenizados apenas ouvindo-se um pouco mais (e colocando em prática em nossas vidas) o conhecimento de quem nos quer bem e nos ensina a partir de suas experiências particulares. Quando nem com nossos erros aprendemos a mudarmos de atitudes, hábitos, procedimentos pesarosos a nós mesmos e para com os outros ao nosso redor, é certo que não chegaremos a evoluir (consciencialmente e existencialmente) muito na nossa vida. Precisamos prestar mais atenção aos sinais que a vida nos revela, para não cairmos em remorso e/ou arrependimento, ou colocarmos a culpa nos outros ou em Deus.

            Há quem diga que apenas as drogas destroem ou desgraçam as famílias, mas há também a famosa teimosia obsessiva e possessiva, que talvez seja até pior do que elas. Isso ocorre porque a pessoa com essa personalidade quer fazer as coisas somente do jeito dela sem nem conversar com ninguém além dela mesma, nem com seus familiares mais íntimos e próximos e que estão juntos com ela nos momentos bons e ruins. Isso, por si só, já gera atritos e desentendimentos constantes. Além do mais, tal pessoa nunca cede em nada e, muito menos, nem procura um consenso, decidindo assim, quase tudo, sempre sozinha.

            Nem precisamos pensar na frustração, tristeza, humilhação e raiva que isso gera em todos que moram e convivem com tal pessoa. Não há humildade e nem diálogo, apenas prepotência e um monólogo sem fim, e o dono da última palavra, o qual sempre é um só. Quando dividimos a nossa vida com alguém, é preciso somarmos e multiplicarmos forças e alegrias e não, apenas sofrimentos, arrependimentos e ilusões. O que deixaremos para trás a quem ficar, após nossa curta estadia neste mundo? Apenas tristeza, raiva, mágoa e ódio pelo que fizermos de mal aos outros? Ou, alegria, felicidade, e, contentamento de exemplo a ser seguido pela nossa humildade, honestidade, conduta moral, bondade, generosidade, religiosidade, espiritualidade, mansidão, que tivermos demonstrado e praticado?

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