A pé ele não vai longe (2018)

A pé ele não vai longe (2018)

O longa-metragem de Gus Van Sant conta a história do cartunista John Callahan. Não é oficialmente uma biografia, mas apenas baseado na vida do artista. John (Joaquin Phoenix) era alcóolatra e, após sofrer um acidente de carro na década de 70 e perder o movimento das pernas, teve que se reinventar. Não só buscar ajuda para combater seu vício, como aprender a desenhar com o pouco movimento que ainda possuía. John desenhava com o lápis entre suas mãos. Ficou famoso pelo seu humor ácido e ironias. Criticava o racismo, a sexualidade, a sociedade e sua própria deficiência.

No grupo de apoio, ele conhece Donnie (Jonah Hill), que o acompanha nessa jornada de redenção pessoal. O filme, no entanto, não fantasia ou glorifica a sua superação, ao contrário, mostra com certa realidade os lados positivos e negativos sobre a vida conturbada de John. Mostra, por exemplo, o quão bom eram os momentos quando ele bebia muito e perdia o controle, sem colocar um culpa no personagem, sendo, assim, realista. Por outro lado, também mostra as dificuldades que ele possuía devido sua deficiência.

Esse filme mostra várias linhas do tempo do protagonista antes e depois do acidente e tem uma vibe feel-good-movie, pois, além de possuir uma fotografia clara, os quadrinhos que surgem na tela eventualmente ajudam a trazer leveza à experiência. É uma boa atuação em uma história de superação sem grandes glórias holliwoodianas. A jornada do artista no sentido da aceitação e adaptação, o que, mais uma vez, deixa o filme fiel à realidade.

Leia nossa indicação e post “A falsa felicidade nas redes sociais”

Siga nosso insta @PensarBemViverBem





Deixe seu comentário