Como arquiteta de formação, minha principal paixão é o paisagismo, mas hoje fica cada vez mais difícil levar o verde para o urbano, pois o homem contemporâneo esta cada vez mais sem tempo. Grande parte da humanidade hoje vive nas cidades, mas alguns estão tentando manter contato com a natureza através da jardinagem urbana cada vez mais popular.
Além do fato de ser agradável viver em áreas verdes, ficou claro que a maneira como consumimos alimentos tende a ser perigosa para nós e para a natureza ao nosso redor. Muitos dos alimentos que consumimos diariamente são transportados para nós do outro lado do mundo e, com essa maneira de consumir, inadvertidamente apoiamos maiores emissões de carbono. Se continuarmos no mesmo ritmo, estima-se que, nos próximos 50 anos, a humanidade usará a mesma quantidade de alimentos e recursos minerais que nos últimos 10.000 anos. Assim, ao cultivar alimentos em nossas casas, estamos ajudando a combater a poluição do ar e as mudanças climáticas. Mesmo todas as pequenas mudanças – por exemplo, cultivo de alface, morangos ou feijão, são boas para o meio ambiente.
Se há cem anos atrás quase todos nossos antepassados cultivavam comida em seu jardim, agora dependemos muito das lojas. Contra o aprofundamento dessa tendência, comunidades e arquitetos urbanos das principais cidades do mundo começaram a construir jardins urbanos, onde todos podem plantar seus próprios vegetais. Também em algumas cidades brasileiras a construção de hortas urbanas começou a ganhar cada vez mais popularidade; em alguns bairros da cidade de Belo Horizonte , por exemplo, existem mais de dez hortas comunitárias. Os entusiastas do cultivo já introduziram algumas soluções, como jardins de varanda, jardins comuns e estufas compartilhadas, fazendas verticais e fachadas comestíveis. No nível de base, essas soluções inteligentes funcionam muito bem, beneficiando economicamente e ecologicamente melhorando o meio ambiente. Ao reduzir os custos de transporte, economizamos recursos e custos de energia.
A jardinagem vertical produz mais rendimento por metro quadrado do que a flexão horizontal, e o excesso de água da irrigação flui pela rota da calha de onde é bombeada de volta à circulação. Os jardins verticais internos não dependem das condições externas e do clima, e cada planta pode ser cuidada individualmente, se necessário. Durante a compostagem, os resíduos se tornam um novo solo para as plantas domésticas, bem como outras plantas para plantio, replantio e manutenção. As plantas limpam o ar e também regulam o nível de umidade, por exemplo – para que o clima interno existente possa ser melhorado com muita facilidade. Então devemos sim nos preocupar em inserir a vegetação nos centros urbanos.
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