Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “o poder de nossas escolhas”.
Nas épocas que vai chegando a vez de algum tempo livre, algum momento em que estamos com liberada para escolher o que fazer, até dizemos: “Vou aproveitar agora, farei o que me der na cabeça!”
Perigoso isso, mesmo que gostoso de imaginar. Afinal, fazer o que “der na cabeça” pode indicar submissão também aos instintos em nós latentes e que temos de dominar continuamente.
Instintos?, se perguntaria. Nós, humanos? No instinto não há escolha! Correto, tanto que Sigmund Freud dizia que, quando dominamos os nossos instintos, o nome disso é civilização. Em grande medida, nós somos capazes de escapar da pura natureza, da pura biologia. E a liberdade é um atributo, uma qualidade essencialmente humana.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre, no século XX, dizia que “nós somos condenados a ser livres”, isto é, não é escolha. Mesmo que se escolha não ser livre, já se está livremente escolhendo.
Isso não é mero jogo de palavras. A liberdade carrega sobre nós uma responsabilidade muito grande; porque, podendo escolher, a consequência das nossas deliberações será algo ligado à nossa própria capacidade. Nós somos, de fato, aquilo que escolhemos e as consequências que assumimos.
Mario Sergio Cortella
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