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A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE PARA A SOCIEDADE, CULTURA, ECONOMIA E A FOME NO PAÍS

Sustentabilidade, alimentação, cultura e economia andam de mãos dadas, por uma inter-relação estreita, em que não se pode ter uma sem haver as demais.

É de se pensar! Sustentabilidade abrange três princípios, social, ambiental e econômico, por isso, suas ramificações são extensas.

O meio ambiente, por exemplo, quando não preservado, não garante que futuras gerações possam se beneficiar dos recursos naturais.

Como resultado há o colapso direto em questões sociais – como a fome, a alimentação, a cultura de povos de íntima dependência com regiões de produção alimentícia, como a Amazônia.

Toda uma cultura regional, que é formada pelo contato com o trabalho na terra, na plantação e consumo dos produtos sofre quando a sustentabilidade não é considerada.

A não sustentabilidade é perda de laços culturais e econômicos. Temos inúmeros pratos de regiões da Amazônia, por exemplo – peixes formam a base da culinária local, além da farinha de mandioca, Cupuaçu, Taberebá, entre outros alimentos.

O desequilíbrio provocado principalmente pelo desmatamento atinge diretamente os ribeirinhos, que sobrevivem da pesca artesanal, da caça, do roçado e do extrativismo.

São afetados não apenas com desmatamentos, como queimadas e poluição e, por consequência, toda cadeia de suprimentos.

O desmatamento da Amazônia, para se ter uma ideia, prejudica não apenas o meio ambiente como um todo, como também outras regiões que dependem de suas chuvas para produções de alimentos. Não é algo localizado, mas sim de grande amplitude.

O agronegócio, reconhecidamente voraz em sua atuação, utiliza inúmeros agrotóxicos danificando não apenas o alimento que consumimos, como o solo e a água.

Somos um dos países com maior uso de agentes altamente nocivos à saúde a curto, médio e longo prazos. A amplitude dos negócios em conjunto, consolidam a indústria alimentícia, que pouco investe em produtos saudáveis.

Por outro lado, temos os alimentos orgânicos, naturais, produzidos por agricultores rurais, sem utilização de agrotóxicos.

O cooperativismo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) é sem dúvida um excelente exemplo de sustentabilidade, pela preservação dos recursos naturais e cultivo de alimentos orgânicos em agroflorestas.

A sustentabilidade quando entra em cena, garante a preservação da natureza, dos recursos naturais, de modo a ser relevante no cenário da fome no país.

Lembrando que retomamos ao Mapa da Fome, o que significa que entramos na lista de países com mais de 5% da população ingerindo menos calorias do que o recomendável.

Considerando nosso papel individual e coletivo, o desperdício de alimentos pode ser gerenciado pelo aproveitamento dos alimentos, como a casca da banana ou da casca da cebola para farinha.

Ambas com excelente valor nutricional. Na internet há receitas para que a população se beneficie dos alimentos de modo integral, não faltam receitas e as características dos ganhos como imunidade, ação anti-inflamatória, melhora do HDL e redução do LDL, só para citar algumas.

Consumidores conscientes fazem total diferença quando não desperdiçam os alimentos. Não desperdiçar é ainda optar por alimentos que são vendidos em supermercados com características fora do padrão. São frutas, verduras e legumes que sofreram naturalmente algumas deformidades, mas que conservam seu valor nutricional.

No seu bairro, verifique quais supermercados disponibilizam estes alimentos, em algumas regiões são até vendidos por preços reduzidos.

Infelizmente não são todos os supermercados que compram estoques de alimentos fora do padrão estabelecido, outra fonte de desperdício, pois os alimentos devido ao seu prazo de validade, não comprados, acabam indo para o lixo.

Por isso, mais uma vez, prejudicial para a economia e sociedade. Certamente que deveríamos ter campanhas além das já realizadas pelos supermercados, em ações de conscientização de consumo destes alimentos.

É necessário que a informação chegue longe, seja difundida, até que a sociedade aceite e se torne parte da cultura.

Falar sobre a sustentabilidade, vai além dos alimentos, inclui a moda, construções de edificações, descarte adequado de lixos industriais e domésticos… tudo está inserido.

Podemos fazer a nossa parte, incluindo o consumo de água. Ainda que os grandes consumos de água, por exemplo, não são os domésticos, mas sim do agronegócio.

Então escolher os alimentos, como se pode concluir, é uma ação social, cultural e econômica.

Optar por alimentos orgânicos, incentivando a produção destes e mantendo o sustento das famílias de agricultores familiares é urgente, bem como as demais ações possíveis como a reciclagem e o não desperdício. A manutenção das famílias de cultivo alimentar rural, significa emprego e fonte de abastecimento equilibrado, o que não encontramos nos alimentos industrializados.

Ao adquirir seus alimentos, considere estas reflexões, por um planeta melhor, cada atitude conta e de quebra pressiona a indústria alimentícia (e não apenas alimentícia), por fornecer produtos saudáveis, já que jamais vão querer de ganhar o seu quinhão.

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