A busca por momentos profundos na filosofia, nas artes e na ciência é uma das que mais afetam o meu ser e me fazem chegar à conclusão de que ainda há muito para descobrir, pensar e viver.
Que nós estamos ainda no início de um processo de evolução da consciência.
Esse linguajar, contudo, eu uso com cuidado. É muito fácil você começar a falar sobre esse tipo de assunto e as pessoas começarem a te confundir com um “Woo Woo”, neo-age, pensador totalmente esotérico e que viaja na maionese o tempo inteiro.
Considere, por exemplo, o fato científico de que ao pedir para uma pessoa relembrar um vídeo que acabou de assistir, as imagens de ativação do cérebro que aparecem nos aparelhos de medição são as mesmas de quando a pessoa estava, de fato, assistindo ao vídeo.
Isso parece evidente, quando relembramos de algo é como se revivêssemos esse algo, então nada mais natural que a mesma ativação cerebral.
Mas de onde vem a “informação”; onde está gravado o “procedimento”; para o cérebro saber que se ele ativar tais e tais áreas aquela experiência vai voltar a ser experimentada pela pessoa?
Em outras palavras: onde fica a memória e como conscientemente a resgatamos?
Ainda, uma outra questão filosófica:
memória = quem você é?
Se você for igual às suas memórias, então você muda o tempo inteiro, pois, a todo momento você cria, altera e vivencia novas memórias. Além disso, se eu apagar toda a sua memória e apagar toda a memória de outra pessoa, então você será igual a essa outra pessoa, pois vocês dois serão pessoas sem memória.
Ficam esses raciocínios para vocês fritarem o cérebro. De qualquer forma, meu objetivo é só mostrar a quantidade de perguntas que existem ainda sem respostas e as implicações totalmente contraintuitivas que algumas teorias implicam, caso as aceitemos.